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A National Geographic buscou marcas de racismo em seu passado. O que encontrou?

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Capa de Abril 2018 - Nexus
A revista americana convidou um historiador para analisar criticamente o conteúdo publicado por ela desde sua criação em 1888 Não é difícil reconhecer uma capa de revista da National Geographic. 

Como é de praxe, há bordas amarelas enquadrando uma foto marcante. Nas páginas internas, relatos e imagens de lugares incríveis do mundo, por vezes retratando uma cultura desconhecida da maior parte do seu público leitor, urbano e ocidental. Há 130 anos a revista, com sede na capital federal dos Estados Unidos, cumpre essa tarefa: a de apresentar o mundo a seus leitores. O modo como isso foi feito no passado para o país – de histórico escravocrata até o século 19 e segregacionista até meados do século 20 –, no entanto, está sendo alvo de escrutínio pela própria revista na sua edição de abril, que marca os 50 anos da morte do ativista que é símbolo da luta por direitos civis, Martin Luther King Jr. e, por isso, o início de uma série de reportagens da revista sobre raça e racismo que se estenderão até o fim do ano.

Para isso, a revista convidou um professor de história e fotografia africana da Universidade de Virginia chamado John Edwin Mason. Seu objetivo era apontar todos os traços de racismo presentes nas edições da revista diante do contexto histórico em que se deram. À frente da iniciativa está a atual editora da National Geographic, Susan Goldberg. Embora seja a 10ª a ocupar o cargo desde a criação da revista em 1888 pela Sociedade Nacional de Geografia americana, a jornalista é a primeira mulher e a primeira judia no posto. “Dois grupos que também foram discriminados por aqui”, escreveu ela no editorial desta edição especial, intitulado “Por décadas, nossa cobertura foi racista. Para superar nosso passado, precisamos reconhecer isso” - em tradução livre. 

“Dói compartilhar tais reportagens terríveis feitas no passado pela revista. Mas quando decidimos dedicar nossa edição de abril ao tema da raça, pensamos que deveríamos examinar nossa própria história antes de dedicar nosso olhar jornalístico a outras”. 
(Susan Goldeberg Editora da National Geographic)

Selvagens, burros e clichês

De acordo com o professor John Edwin Mason, pelo menos até a década de 1970, a revista reproduziu em texto e imagens “uma hierarquia racial com pessoas pretas e pardas na base, e pessoas brancas no topo”. “A fotografia, como as matérias, não simplesmente enfatizavam a diferença, mas tornavam a diferença algo muito exótico, estranho, e a manifestava como algo hierárquico”, disse o historiador à rádio NPR. “O que Mason descobriu em resumo é que até 1970, a National Geographic ignorou as pessoas negras que viviam nos EUA e raramente as reconheceu como algo além de trabalhadores ou empregados domésticos”, disse Goldberg.

Leia a matéria completa no site de origem: 

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